domingo, 3 de outubro de 2010

Textos África para os 7º anos


Texto 1

[...] a história mais legal sobre a África é sobre os seus contadores de histórias, que não escrevem nenhuma delas: guardam todas na memória e depois recontam essa arte desde pequenos , com mestres , e acompanham os feitos das famílias, dos reis , aumentando e enriquecendo a história de todos os seus antepassados.Uma história que as pessoas aprendem a conhecer assim: ouvindo historias.

Imagine só o tamanho da memória dos contadores! (Quantos megas deve ter?) Por isso a palavra tem uma dimensão sagrada: é através da fala que o mundo continua a existir no presente.

[...] griot é como os franceses chamaram os diélis, que é o nome bambara para estes contadores de histórias. Os diélis são poetas e músicos.Conhecem as muitas línguas da região e viajam pelas aldeias, escutando relatos e recontando a história das famílias como um conhecimento vivo.Diéli quer dizer sangue, e a circulação do sangue é a própria vida. A força vital.

LIMA, Heloísa Pires.História da Preta. São Paulo: Companhias das Letrinhas, 1998.p23 e 26

Texto 2

O griot era o individuo encarregado de preservar e transmitir as histórias, lendas e canções de seu povo. O cargo de griot passava de pai para filho.Existiam vários tipos de griots: os músicos, que cantavam e tocavam vários instrumentos e eram responsáveis pela preservação de canções importantes para o grupo; os contadores de histórias, capazes de contar com detalhes histórias que ouviram quando crianças; havia também os que guardavam feitos de grandes guerreiros, batalhas e acontecimentos considerados marcantes para repetir em ocasiões especiais; os griots comediantes, que contavam casos engraçados para divertir o público nas aldeias, que visitavam regularmente.

Os griots eram procurados por muitos reis africanos para professores particulares de seus filhos.Eles ensinavam arte, conhecimento de plantas, tradições, histórias e davam conselhos aos jovens príncipes. Uma das frases mais divulgadas pelos griots professores que chegou aos nossos dias é : “ Cada dia se aprende algo novo; basta saber ouvir.”

BOULOS Junior, Alfredo. História: sociedade & cidadania.1.ed.São Paulo:FTD, 2006.p.

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